sábado, 23 de outubro de 2010

Montando um Aquário

Boa parte das pessoas tem dificuldade em criar peixes por falta de informação. Lavar o aquário periodicamente - o que não deve ser feito - e juntar espécies de peixes de diferentes pHs em um mesmo aquário estão entre os erros mais comuns.

Assim como há pessoas que não suportam cidades interioranas, e outras que detestam a barulheira da cidade grande, os peixes também tem certas "intolerâncias", limitadas principalmente pelo pH da água, que é a medição da quantidade de substâncias ácidas (pH abaixo de sete) e alcalinas (pH acima de 7) presentes na água, em uma escala que vai de 0 a 14.

  • Peixes devem estar adequados ao pH da água do aquário
Plantas e peixes amazônicos como, por exemplo, acarás e neons, preferem um pH ácido, obtido através da presença de troncos dentro do aquário. Este tipo de aquário, plantado, exige dedicação e é recomendado somente aos aquaristas mais experientes, pois as plantas aquáticas exigem tanta atenção quanto as terrestres, com podas periódicas, adubos e injeção de CO2 na água.

Já os ciclídeos africanos, que são peixes territorialistas e com um colorido semelhante aos peixes marinhos, preferem aquários com rochas calcárias, o que garante um pH alcalino.

Para quem nunca se aventurou no hobby, a recomendação é começar com um aquário "comunitário", como sugere o biólogo e piscicultor Marcelo Lepiane. "Indico este tipo de aquário à todos os iniciantes, pois o pH neutro do aquário comunitário permite a criação de várias espécies e peixes deste tipo de pH são mais tolerantes à alterações na água, como molinésias e platys."

Entre os peixes possíveis de se criar em pH neutro, está o famoso 'peixe dourado', o kinguio, recomendado por William Sugai, também biólogo e diretor de uma das maiores distribuidoras de peixes ornamentais de São Paulo, como a primeira espécie a ser adquirida. "Indico para todo aquarista iniciante que ele monte um aquário para o peixe kinguio (carassius auratus), o popular peixe dourado."

Além de kinguios, "cascudos e corydoras são recomendados pois, normalmente, os iniciantes costumam dar mais alimento do que o necessário, e estes peixes comem as sobras impedindo que a água fique poluída pelo alimento rejeitado pelos gorduchos kinguios", recomenda Sugai.

Montando um aquário

Os dois biólogos recomendam que os iniciantes comecem com um aquário de 50 litros (50cm de comprimento, 30 cm de largura e 35 cm de altura), por esta litragem ser de fácil estabilização e pode abrigar uma quantidade considerável de animais. Quanto maior o aquário, mais fácil é estabilizá-lo e mantê-lo, já que toda uma biologia interna começa a ser criada a partir do momento em que o aquário é cheio de água - por isso a prática de 'lavar o aquário' é errada - e, desta forma, pequenas variações na qualidade da água não interferem neste ecossistema.

Além do vidro do aquário, o novo aquarista também precisará de:
  • Aquário ainda vazio, mas já decorado e com mangueiras de filtro posicionadas
  • Depois de ter organizado os itens necessários, é hora de encher o aquário com água
Filtro: esta é a parte mais importante do aquário e escolher o melhor tipo de filtro será um dos fatores determinantes do sucesso de seu aquário. "Recomendo a todos os meus clientes iniciantes a compra de filtros externos, pois estes, além de terem um valor acessível, realizam os três tipos de filtragem necessárias: mecânica, biológica e química," explica Lepiane.

A manutenção dos filtros é bem simples e consiste em lavá-los e trocar mensalmente o sachê de carvão ativado.

Cascalho e Itens de decoração: no caso dos aquários comunitários, escolha cascalho de rio(neutro) e alguns enfeites - que não devem ter pontas e serem próprios para aquários, assim como as plantas artificiais.

Termostato: o mecanismo que mistura termômetro e aquecedor garante que a água do aquário fique na temperatura selecionada e evita consumo desnecessário de energia. Os termostatos existem em várias potências e tamanhos, sendo recomendado um de 50 watts para o aquário em questão.

Tampa e Lâmpadas: os aquários devem ser mantidos longe da luz do sol, pois esta estimula o crescimento de algas, o que deixará os vidros verdes. Utilize somente lâmpadas próprias a aquários, pois estas possuem o espectro correto para não estimular o crescimento de algas, além de valorizar as cores dos peixes.

Medidor de pH, rede e sifão: indispensáveis para a boa manutenção do aquário, testes de pH são encontrados nas lojas de peixes ornamentais e indicam o pH da água. A rede servirá para retirar animais mortos e, principalmente, inserir novos no aquário. Já o sifão, uma mangueira com uma ponta maior que a outra, é utilizado durante as trocas parciais para sugar a sujeira que permanece no substrato.

Decorar o aquário

Com todos os itens em mãos, lave o aquário e o substrato, espalhando o substrato por todo o fundo do aquário em uma camada de aproximadamente 2cm.
  • O ideal é escolher peixes e enfeites adequados ao tamanhos do aquário
Decore o aquário e encha-o com água filtrada ou água de torneira 'descansada' - encha baldes e deixe ao sol por pelo menos um dia para que o cloro evapore - e deixe o nível de água cerca de 5 cm abaixo da borda.

Inicialmente, a água ficará turva, então ligue o filtro na parte traseira do aquário para eliminar a sujeira restante. Coloque o termostato - que deve ser ligado somente dentro da água para evitar que queime - e mantenha a temperatura em 27 - 29º Celsius.

Deixe o aquário sem peixes de três a sete dias, realizando medições diários do nível de pH e inserindo ou retirando elementos até que ele se estabilize em 7 por, pelo menos, dois dias seguidos; aí sim os peixe poderão ser introduzidos, mas moderadamente, ou o pH desestabilizará novamente e ocasionará a morte dos animais.

Ao adquirir novos peixes, evite os aquários em que haja peixes com pintas brancas (íctio) ou veludos semelhantes a algodão (oodinium), o que é sinal de um ambiente insalubre e, mesmo que o peixe que você queira não apresente sintomas, a água toda daquele aquário está contaminada e seus animais devem ser evitados.

Antes de colocar os novos habitantes dentro do aquário, esvazie metade da água do saco da loja, deixe-o boiando aberto na superfície do aquário para que as temperaturas das águas se igualem e encha-o com um pouco da água do aquário, deixando assim por cerca de 15 minutos. Em seguida, retire os peixes do saco com a ajuda da rede e despreze toda a água do saquinho para evitar contaminação.

Manutenção e cuidados

Depois de pronto, o aquário exige alguns cuidados simples para permanecer saudável:

  • Escolher alimento de boa qualidade é essencial para ter peixes saudáveis
  • Escolher alimento de boa qualidade é essencial para ter peixes saudáveis. Evite alimentos muito farelentos e alimente os animais duas vezes ao dia, sempre em pequenas pitadas e fornecendo mais conforme eles comam.
  •  Mensalmente, lave o filtro e troque 1/3 da água do aquário utilizando o sifão.

  • Nos primeiros meses, meça constantemente o nível de pH para se certificar de que tudo está bem. Excesso de peixes causa alterações bruscas neste nível, então vale o bom senso na hora de colocar novos animais.

  • Caso o termostato ou o filtro queimem, o que não ocorre com freqüência, substitua-os prontamente, pois a falta de ambos pode levar todos os seus peixes à morte - em baixas temperaturas, o sistema imunológico dos animais diminui, o que os deixa mais suscetíveis a doenças.
  • quarta-feira, 20 de outubro de 2010

    Água Salgada


        Utilizar agua salgada sintética , de boa procedência . Muitas marcas hoje permitem a utlização de agua clorada para a preparação.
         Preparar a agua em um grande balde plástico, promovendo.
         A seguir demonstramos a disposição geral dos equipamentos listados acima:


    montagem_salgada.jpg (9684 bytes)

    Legenda:1 lampada fluorescente
    2 termostato
    3 bomba submersa
    4 mangueira de ar
    5 filtro biológico
    6 chaminé
    7 elementos decorativos
    8 cascalho de conchas

         Todo aquarista de água salgada deverá ainda ter os seguintes materiais

    - teste de amônia
    - teste de nitrito
    - teste de nitrato
    - teste de pH
    - densímetro plástico
    - termômetro de boa qualidade
    - sifonador de cascalho
    - 2m de mangueira de ar com regulador de ar plástico
    - limpador magnético de algas


    MONTAGEM

         Dispor as placas do filtro recobrindo todo o fundo do aquário , acoplar as torres , bombas , tubulações de ar , termostato . Cobrir a placa de fundo com água salgada até uma altura de 5 cm.
         Bater com os dedos na placa de forma a expulsar o ar que ficou retido sob o filtro biológico . Colocar o cascalho até a altura de 7 cm . Dispor as peças decorativas de forma tal que fiquem bem encaixadas e firmes no local . Completar o nível de água salgada . Ligar todos os equipamentos .. O aquário deverá começar a ser operado como se já estivesse povoado.
         Ajuste o nível de bolhas para que haja uma boa aeração e pouco barulho . Ajustar o termostato para 30 oC., seguindo as indicações do fabricante . Ligar as lâmpadas já com a relação de dia / noite (fotoperíodo) no qual o aquário irá trabalhar.
         Peça ao lojista cerca de 100 g de cascalho de algum aquário de água salgada da loja Trate esse cascalho como um organismo vivo (não deixe secar ou pegar calor em demasia) .Já em casa abra uma trincheira no substrato de seu aquário , coloque o cascalho da loja e cubra novamente com cascalho do aquário . Você estará semeando as bactérias do seu filtro biológico . Compre também cerca de 6 pequenos paguros , que irão auxiliar nessa fase inicial do aquário.
         Após o terceiro dia da montagem comece a monitorar amônia e nitrito , lançando os valores encontrados em uma tabela . Assim você poderá acompanhar a subida na concentração de amônia , o aparecimento do nitrito , e se tudo caminhar corretamente , em cerca de 10 a 30 dias concentrações muito baixas dessas duas substancias . É o sinal de que seu aquário entrou em equilíbrio.
         Regule novamente o termostato para a faixa de temperatura ideal (25 a 27oC)
         Comece a fazer o povoamento com peixes resistentes , como os bodiões , donzelas , apogons , cirurgiões , entre outros . Evite colocar mais do que 1 a 2 peixes por semana . Isso fará com que o aquário vá lentamente se equilibrando ao aumento de carga orgânica .. Os melhores indicadores de que o seu aquário ainda não está superpovoado são:

    - ausência de brigas
    - baixa taxa de doenças
    - baixas taxas de amônia e nitrito
    Ciclídeos


         Ciclídeos é uma família de peixes de água doce da ordem Perciformes que inclui cerca de 105 géneros e 1900 espécies. Os ciclídeos representam a maior família de peixes (em termos de número) e cerca de 5% dos vertebrados existentes na Terra. Os ciclídeos possuem o corpo comprimido lateralmente, uma narina apenas por lado do corpo, a linha lateral dividida e espinhos nas nadadeiras dorsal e anal (dorsal, entre 7 e 25 raios duros e 5 e 30 raios moles; anal, entre 3 e 15 raios duros, geralmente 3, e 4 e 15 raios moles, em algumas espécies até 30). O grupo caracteriza-se ainda: pela presença de dentes nas duas mandíbulas e na garganta e pelo intestino, que sai do estômago pelo lado esquerdo (ao contrário dos restantes grupos de peixes).
         Os ciclídeos têm ampla distribuição geográfica nas Américas, África, Madagascar, litoral sul da Índia, Sri Lanka e Oriente Médio. Foram introduzidos em vários países dos 4 continentes, e em alguns são a única fonte de proteína animal para milhões de pessoas. As espécies mais conhecidas são as que habitam o continente americano (ciclídeos neotropicais) onde se destacam os populares acará disco - Symphysodon aequifasciatus - e acará bandeira -Pterophyllum scalare. O continente africano, mais precisamente na região do Rift Valey (Lagos Vitoria, Malawi e Tanganyika) se destaca pela biodiversidade de espécies dessa família. Estes ciclídeos africanos caracterizam-se pela exuberante coloração e seus tamanhos variam de 2,5 centímetros (Neolamprologus multifasciatus) a 80 centímetros (Boulengerochromis microlepis), ambos do lago Tanganiyka. No Malawi encontramos predominantemente os generos Pseudotropheus, Melanochromis e Aulonocaras. Possuem as mais variadas formas, mas em geral o corpo é moderadamente profundo e comprimido. O lago Malawi merece especial atenção por ser habitat das espécies mais coloridas da família.
     
    PLANTAS NO AQUÁRIO


         As plantas no aquário são mais do que simples elementos decorativos, sendo imprescindíveis quando se quer criar o ambiente ideal para o bem estar dos peixes.
          Existem peixes que só se sentem minimamente seguros se houver um esconderijo onde possam refugiar-se e assim sentir-se protegidos. Também os peixes mais jovens, em geral, sentem uma segurança natural debaixo das folhas das plantas no aquário.
          Para o seu aquário pode adquirir dois tipos de plantas, naturais ou artificiais. As plantas naturais podem ser uma fonte de detritos dentro do seu aquário, pelo que deve estar atento e limpar qualquer folha que esteja demasiado velha, ou solta no fundo.
          Deve ainda estar atento ao facto de existirem caracóis, que podem ir numa nova planta e destruir toda a flora existente no aquário. Por vezes não os conseguimos ver, mas se as folhas começarem a desaparecer, é porque eles lá estão.Se isto acontecer, observe as suas plantas, folha a folha, demoradamente, e retire os intrusos.


     

    Tipos de aquários

    Os aquários se classificam basicamente em dois tipos: os de água doce e os de água salgada. Dentro destas grandes subdivisões, outras classificações acontecem, baseadas em características de cada montagem, geralmente por tema, como os comunitários, de cardumes, de ciclídeos africanos, plantados, ou por bioma como os de recife, ou "rochas vivas" (reef), amazônicos, lagos africanos, etc.
    Takashi Amano tem-se destacado nos últimos anos nos aquários plantados, criando alguns dos mais belos aquários “naturais” existentes.

    Habitantes

     

    Kribensis, Pelvicachromis pulcher, um pequeno e colorido ciclídeo africano.
     
    Um enorme número de espécies conhecidas de peixes e plantas podem ser mantidas em aquários, desde que se respeitem os limites e necessidades de cada espécie, como espaço adequado, compatibilidade de espécies, temperatura, pH e dureza da água, iluminação, pressão. Quando isso ocorre, é possível inclusive obter sucesso na reprodução em cativeiro de muitas espécies. Uma variedade grande de invertebrados, como crustáceos e moluscos também pode ser adaptada para a vida no aquário e é facilmente encontrada no comércio especializado.

    Cuidados necessários para manter um aquário

    Para que um aquário se desenvolva bem é necessário observar alguns cuidados mínimos. São estes a filtração, a iluminação e a manutenção dos parâmetros da água.
    Há muitas técnicas de como cuidar de um aquário. Algumas tendem a ser populares, como sifonar o fundo uma vez por semana para eliminar detritos do fundo; outras tendem a ser comumente criticadas, como o FBF (filtro biológico de fundo), apesar de este ainda ser um dos sistemas mais comuns de filtragem, pelo seu custo mais baixo, porém pouco eficiente.


    Neon

    Iluminação

    A iluminação é parte importante para peixes, plantas, corais e qualquer outro ser vivente no aquário. Como podemos perceber, peixes não possuem pálpebra, logo, se mantivermos o ambiente iluminado o tempo todo, eles não conseguirão dormir e ficarão estressados. Em média, durante um dia a iluminação solar dura de 6 a 8 horas, o que é aproximadamente o período adequado para manter o aquário iluminado.
    Para aquários plantados as exigências são ainda maiores, pois devemos compreender que plantas precisam de luz para realizar a fotossíntese, logo existe um tempo mínimo e uma quantidade mínima de luz a ser aplicada. As lâmpadas também precisam ser adequadamente escolhidas: as lâmpadas comuns (fluorescentes de tubo) com temperatura de cor na faixa de 5200K a 6500K são, ou lâmpadas especiais para aquários são as mais indicadas; também podem ser usadas lâmpadas compactas econômicas (PL) na mesma faixa de temperatura de cor já mencionada acima. As lâmpadas comuns tem luz branca, as especiais são rosadas ou azuladas. Os picos de cor do espectro luminoso que são utilizados pelas plantas aquáticas para fotossíntese são respectivamente o azul e o vermelho.
    Corais muitas vezes necessitam de iluminação especial para sobreviver, como a água do mar tem densidade diferente da água doce o pico de cor usado pelos organismos marinhos é o azul, deste modo as lâmpadas indicadas para os aquários marinhos ficam na faixa de 10.000K e tem tom azulado.

    Parâmetros da água

    Os mais comuns de serem observados são PH, Temperatura, GH, KH, densidade entre outros.
    Quanto menor o aquário, mais difícil é a manutenção dos parâmetros da água. Para um exemplo mais didático pensemos em um copo com água e uma piscina. Se eu colocar duas colheres de limão (que tem propriedades ácidas) em um copo, provavelmente sentirei o gosto azedo que identifica o ácido do limão, o mesmo não aconteceria no caso da piscina, pelo volume maior de água, o ácido do limão se diluiria na água em maior quantidade. Do mesmo jeito a temperatura: se eu quiser esquentar a água de um copo, 5 minutos de um fogão aceso seriam suficientes; para esquentar uma piscina é necessário um aquecedor potente e várias horas do seu uso.
    Logo só se recomenda aquários pequenos para aquaristas experientes, pois a chance de matar os peixes, plantas e demais formas de vida se multiplicam quanto menor o aquário.

    pH

    O PH é uma escala logarítmica de medida baseada na dissolução do íon Hidrogênio(H+) na água: quanto mais alcalina, maior o pH; quanto mais ácida, menor o PH.
    Aquários Marinhos costumam ter o pH alto, estabilizado em 8,3. Já nos de água doce, o pH varia, podendo ir de 5,5 até 9,0, de acordo com a espécie abrigada.
    Em aquários comunitários é comum manter o pH neutro, em torno de 7, a fim de harmonizar o ambiente com as necessidades de um número mais diversificado de espécies.

    Temperatura

    A tolerância de espécies a temperaturas variadas também é bastante notada em aquários. Por exemplo, Discus (Symphysodon aequifasciata) tem baixa tolerância a temperaturas inferiores a 28°C já Carpas sobrevivem a até 4°C.
    Como sabemos peixes são animais pecilotermos, logo o seu metabolismo acompanha a temperatura do ambiente. Para aquários marinhos com corais este é um quesito de extrema importância pois muitas espécies de corais morrem com temperaturas superiores a 30°C e inferiores a 25°C. Se lembrarmos do caso do copo e da piscina perceberemos que o oceano ou mar sofre pouquíssima alteração durante o dia.

    dGH

    dGH, ou GH, ou ainda DH, é uma medida que determina a quantidade de íons de Cálcio e Magnésio diluída na água. (Outros elementos podem ocorrer, mas em quantidades normalmente irrelevantes).
    A essa medida dá-se o nome de dureza da água. Quanto mais íons presentes, mais "dura" é a água. Em organismos vivos aquáticos está relacionado com o equilíbrio osmótico.
    Como nos casos acima, há peixes com maior afinidade por águas moles e alguns por água dura. Néons e Discus preferem água mais mole enquanto o Jóia (Hemichromis bimaculatus) e o Arautos (Melanochromis auratus) preferem água mais dura.
    Observação: Embora não haja relação direta entre dGH e o pH da água, devido às propriedades dos elementos químicos envolvidos, há uma tendência da água alcalina ser também dura, e da água ácida ser mais mole.

    KH

    Quanto maior a quantidade de carbonatos e bicarbonatos, mais difícil é haver mudanças no pH, por um efeito conhecido como Tampão.

    Densidade

    Costuma ser medida em aquários marinhos, com a diferença que a água dos oceanos sofre uma variação muito menor no decorrer de um dia do que a de um aquário. Algumas espécies são muito pouco tolerantes a estas variações só devendo ser criadas por aquaristas experientes.
    Manifesto do Aquarista Responsável

    1) Para cada espécie aquática, existe um conjunto de condições acessíveis (tamanho mínimo de aquário, companheiros, parâmetros da água, nutrição, etc.) nas quais ela pode ser mantida apropriadamente em cativeiro sem perda geral na sua qualidade de vida.

    2) Para cada espécie aquática, existe um conjunto de procedimentos acessíveis para desenvolver programas de reprodução comercial, ou de coleta controlada, de forma a garantir um desenvolvimento sustentável para o ramo de aquarismo sem causar ameaça a longo prazo para as populações selvagens.

    3) O aquarismo responsável é baseado na busca, aprendizado, desenvolvimento e promoção da consciência a respeito destas condições e procedimentos, tal que a nossa prática amadora ou profissional do hobby não ocorra às custas do bem estar dos nossos animais de estimação, nem em detrimento do ecosistema.