quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Aquário com Planta Natural


Esse sem dúvida é o tipo de aquarismo que mais gosto e admiro. Aquários densamente plantados ou então com formas estéticas que lembram um jardim debaixo d’água.

SUBSTRATO: Eu procuro utilizar industrializados, não obtive sucesso com substratos “caseiros” como terra e uma camada isolante de areia. Ou ainda, húmus mais laterita e uma camada isolante de areia. Realmente o risco é grande para o sucesso do seu aquário plantado e de repente todo o trabalho realizado poderá ir por água abaixo por causa do substrato. Existem vários no mercado, estude e pesquise um que lhe dará um retorno satisfatório. Na minha opinião, no substrato, a economia poderá sair cara.

ILUMINAÇÃO: Lâmpadas próprias para aquário existem aos montes no mercado e caras, aliás, caríssimas. Em nenhum dos meus aquários eu utilizo lâmpadas “próprias” para as plantas. Para aquários com altura maior que 50cm eu utilizo HQI com temperatura de 6000K compradas em lojas de elétrica mesmo. Essas lâmpadas têm a capacidade de penetrar 60cm, ou seja, a água filtra as cores da luz, com isso, para plantas carpetes é importante o uso de HQI sendo 0,7w por litro. Isso não é regra, pois tenho um aquário de 100 litros com HQI de 150w, porém utilizo filtro Ultra Violeta para evitar o aparecimento de algas flutuantes principalmente. Em aquários com altura inferior a citada, utilizo lâmpadas fluorescentes que tenham entre 6000k a 6500k tanto tubulares quanto às chamadas PL´s. Nesse casso procuro utilizar 1w por litro caso tenha alguma planta exigente quanto a iluminação, particularmente consegui um bom desenvolvimento em plantas carpetes utilizando 1w por litro. Venho percebendo um grande número de pessoas utilizando lâmpadas chamadas T5 muito utilizadas em aquários marinhos, eu realmente ainda não testei e por isso, não tenho como colocar aqui se é funcional ou não.

FILTRAGEM: Utilizo filtros externos de pendurar no vidro do aquário. Procuro utilizar uma vazão com pelo menos três vezes o volume de água do aquário. Por exemplo, um aquário de 100 litros, eu utilizaria um filtro com vazão mínima de 300 litros por hora e vazão máxima de 500 litros por hora. Esses dados são facilmente encontrados nas próprias embalagens dos filtros. Ao invés de utilizar carvão ativado (filtragem química) eu optei por resina removedora de fosfato, para impedir o desenvolvimento de algas filamentosas, ou seja, retiro o carvão que geralmente vem no refil do filtro e coloco em um bag o removedor. Como existem várias marcas, você terá que observar a quantidade a ser colocada lendo o manual. Utilizo também cerâmicas para colonização de bactérias benéficas ao tanque que efetuarão a filtragem biológica.
CO2: Esse elemento na maioria das vezes é necessário e muito necessário ao aquário plantado. Existem no mercado alguns que não servem para nada, aliás, servem sim, para matar suas plantas. Cuidado! Eu prefiro utilizar dois tipos de injeção no aquário, por pior que seja, a de forma caseira é muito melhor do que alguns produtos que têm no mercado com o intuito de injetar CO2 no aquário. Perigosa essa injeção caseira, perigosa aos peixes principalmente. A melhor e a mais eficaz na minha opinião e que obtive excelentes resultados é a injeção direta de CO2 através de cilindro, nesse caso, vale muito a pena investir nesse tipo de produto.

MANUTENÇÃO: Nos dois primeiros meses de montagem, eu efetuo trocas de água, cerca de 50%. Realmente dá trabalho, porém foi a maneira mais fácil que encontrei para evitar o surgimento de algas. Quando digo dois meses, isso é muito relativo, não se trata de uma regra, você que com o tempo poderá estipular prazos para o seu aquário, pois cada caso é um caso e no aquarismo meu amigo, não existe regras. Estou apenas passando o que eu utilizo para o resultado que você vê nas fotos dos meus aquários. Após dois meses em média eu começo a efetuar trocas parciais de 30% semanais. Faço isso sistematicamente. Na vida o retorno é o esperado desde que você se dedique!