domingo, 7 de novembro de 2010

5 dicas para cuidar do seu aquário no Frio

Nesse mÊs aqui de junho inferno violento vou indicar dicas de como manter seus peixes vivos e bem de súade.
  1. Utilize sempre um termostato ou aquecedor e mesmo sendo peixe de água fria verifique a temperatura mínima dele;
  2. Cuidado ao utilizar um aquecedor comum, este pode acabar cozinhando seu peixe;
  3. Fique atento ao aparecimento de íctios, caso apareça pintinhas brancas no peixe aumente a temperatura do aquário para 28 a 30 graus ou utilize medicamentos específicos da Azoo ou SeaChem;
  4. Alimente-o de 2 a 3x por dia para mantê-lo forte;
  5. Cuidado ao fazer as trocas parciais de água, mantenha a temperatura da nova água parecida com a do aquário para não causar choque térmico nos peixes.

Dicas de ouro para cuidar do seu aquário

Tome nota dessas 20 dicas para que seu aquários seja sempre um ambiente saudável.



  1. Distribua a iluminação uniformemente por todo tanque.
  2. Não use água da torneira, ela é muito alcalina para os peixes.
  3. Faça vários esconderijos para peixes "tímidos".
  4. Esconda o aquecedor debaixo do cascalho.
  5. Caramujos ajudam na limpeza do aquário, mas tome cuidado com superpopulação.
  6. Alimente os peixes antes de desligar a luz, diminuindo o risco dos peixes maiores se alimentarem dos menores.
  7. Após ligar a iluminação, espere 10 minutos para alimentar os peixes.
  8. Peixes de cardume vivem bem em cardume (mínimo de 5).
  9. Tenha sempre peixes "faxineiros" no aquário.
  10. Conchas não combinam no aquário de água doce.
  11. Prefira bombas submersas, além de silenciosas, são mais eficientes.
  12. Peixes de fundo como Corridora e Cascudo também precisam de ração, compre rações especiais.
  13. Tenha sempre duas ou mais rações diferentes para oferecer.
  14. O Betta pode conviver com outros peixes desde que não tenha outro macho, já as fêmeas não têm problema.
  15. Evite aquário alto para não "afogar" o seu Betta.
  16. Importante: Não coloque enfeites que não sejam naturais.
  17. Além do filtro biológico tenha também filtro mecânico e químico.
  18. Tenha sempre equipamentos sobressalentes como termômetro, aquecedor e remédios.
  19. Lâmpadas incandescentes esquentam a água, tome cuidado!
  20. Para tanques de água ácida use somente cascalho de rio, já de água alcalina misture cascalho de calcário.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Peixes

Os peixes são animais vertebrados, aquáticos, tipicamente ectotérmicos, que possuem o corpo fusiforme, os membros transformados em nadadeiras sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, as guelras ou brânquias com que respiram o oxigénio dissolvido na água (embora os dipnóicos usem pulmões) e, na sua maior parte, o corpo coberto de escamas.

Curiosidades

A palavra peixe usa-se por vezes para designar vários animais aquáticos (por exemplo na palavra peixe-mulher para designar o dugongo). Mas a maior parte dos organismos aquáticos muitas vezes designados por "peixe", incluindo as medusas (água-vivas), os moluscos e crustáceos e mesmo mamíferos muito parecidos com os peixes como os golfinhos, não são peixes.
Os peixes encontram-se em praticamente todos os ecossistemas aquáticos, tanto em água doce como salgada, desde a água da praia até às grandes profundezas dos oceanos (ver biologia marinha). Mas há alguns lagos hiper-salinos, como o Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos da América do Norte onde não vivem peixes.
Os peixes têm uma grande importância para a humanidade e desde tempos imemoriais foram pescados para a sua alimentação. Muitas espécies de peixes são criadas em condições artificiais (ver aquacultura), não só para alimentação humana, mas também para outros fins, como os aquários.
Há algumas espécies perigosas para o Homem, como os peixes-escorpião que têm espinhos venenosos e algumas espécies de tubarão, que podem atacar pessoas nas praias. Muitas espécies de peixes encontram-se ameaçadas de extinção, quer por pesca excessiva, quer por deterioração dos seus habitats.
Alguns peixes ingerem água para recuperar a água perdida pelas brânquias, por osmose, e pela urina. Eles retiram oxigênio da água para respirar. Uma enguia, por exemplo, toma o equivalente a uma colher de sopa de água por dia. Os peixes também retiram uma certa quantidade de água dos alimentos. Por viverem em meio líquido, não precisam beber água para hidratar a pele, como fazem os animais terrestres.
Os peixes urinam, mas nem todos urinam da mesma maneira. Os peixes de água doce precisam eliminar o excesso de água que se acumula em seus corpos. Seus rins produzem muita urina para evitar que os tecidos fiquem saturados. Comparados aos peixes de água doce, os peixes de água salgada, que já perdem água por osmose, produzem muito menos urina.
O ramo da zoologia que estuda os peixes do ponto de vista da sua posição sistemática é a ictiologia. No entanto, os peixes são igualmente estudados no âmbito da ecologia, da biologia pesqueira, da fisiologia e doutros ramos da biologia.
Classificação ecológica
Uma forma de classificar os peixes é segundo o seu comportamento relativamente à região das águas onde vivem; este comportamento determina o papel de cada grupo no ambiente aquático:
  • pelágicos (do latim pelagos, que significa o "mar aberto") − os peixes que vivem geralmente em cardumes, nadando livremente na coluna de água; fazem parte deste grupo as sardinhas, as anchovas, os atuns e muitos tubarões.
  • demersais − os que vivem a maior parte do tempo em associação com o substrato, quer em fundos arenosos como os linguados, ou em fundos rochosos, como as garoupas. Muitas espécies demersais têm hábitos territoriais e defendem o seu território activamente − um exemplo são as moreias, que se comportam como verdadeiras serpentes aquáticas, atacando qualquer animal que se aproxime do seu esconderijo.
  • batipelágicos − os peixes que nadam livremente em águas de grandes profundidades.
  • mesopelágicos − espécies que fazem grandes migrações verticais diárias, aproximando-se da superfície à noite e vivendo em águas profundas durante o dia. Exemplo deste grupo são os peixes-lanterna.
Hábitos alimentares
Os peixes pelágicos de pequenas dimensões como as sardinhas são geralmente planctonófagos, ou seja, alimentam-se quase passivamente do plâncton disperso na água, que filtram à medida que "respiram", com a ajuda de branquispinhas, que são excrescências ósseas dos arcos branquiais (a estrutura que segura as brânquias ou guelras).
Algumas espécies de maiores dimensões têm também este hábito alimentar, incluindo algumas baleias (que não são peixes, mas mamíferos) e alguns tubarões como os zorros (género Alopias). Mas a maioria dos grandes peixes pelágicos são predadores ativos, ou seja, procuram e capturam as suas presas, que são também organismos pelágicos, não só peixes, mas também cefalópodes (principalmente lulas), crustáceos ou outros.
Os peixes demersais podem ser predadores, mas também podem ser herbívoros, que se alimentam de plantas aquáticas, detritívoros, ou seja, que se alimentam dos restos de animais e plantas que se encontram no substrato, ou serem comensais de outros organismos, como a rémora que se fixa a um atum ou tubarão através dum disco adesivo no topo da cabeça e se alimenta dos restos de comida que caem da boca do seu hospedeiro (normalmente um grande predador), ou mesmo parasitas de outros organismos.
Alguns peixes abissais e também alguns neríticos, como os diabos (família Lophiidae) apresentam excrescências, geralmente na cabeça, que servem para atrair as suas presas; essas espécies costumam ter uma boca de grandes dimensões, que lhes permitem comer animais maiores que eles próprios. Numa destas espécies, o macho é parasita da fêmea, fixando-se pela boca a um "tentáculo" da sua cabeça.
Hábitos de reprodução
A maioria dos peixes é dióica, ovípara, fertiliza os óvulos externamente e não desenvolve cuidados parentais. Nas espécies que vivem em cardumes, as fêmeas desovam nas próprias águas onde os cardumes vivem e, ao mesmo tempo, os machos libertam o esperma na água, promovendo a fertilização. Em alguns peixes pelágicos, os ovos flutuam livremente na água − e podem ser comidos por outros organismos, quer planctónicos, quer nectónicos; por essa razão, nessas espécies é normal cada fêmea libertar um enorme número de óvulos. Noutras espécies, os ovos afundam e o seu desenvolvimento realiza-se junto ao fundo − nestes casos, os óvulos podem não ser tão numerosos, uma vez que são menos vulneráveis aos predadores.
No entanto, existem excepções a todas estas características e neste artigo referem-se apenas algumas. Abaixo, na secção Migrações encontram-se os casos de espécies que se reproduzem na água doce, mas crescem na água salgada e vice-versa.
Em termos de separação dos sexos, existem também (ex.: família Sparidae, os pargos) casos de hermafroditismo e casos de mudança de sexo - peixes que são fêmeas durante as primeiras fases de maturação sexual e depois se transformam em machos (protoginia) e o inverso (protandria).
Os cuidados parentais, quando existem, apresentam casos bastante curiosos. Nos cavalos-marinhos (género Hypocampus), por exemplo, o macho recolhe os ovos fecundados e incuba-os numa bolsa marsupial. Muitos ciclídeos (de que faz parte a tilápia e algumas famosas espécies de aquário endémicas do Lago Niassa (também conhecido por Lago Malawi, na fronteira entre Moçambique e o Malawi) guardam os filhotes na boca, quer do macho, quer da fêmea, ou alternadamente, para os protegerem dos predadores.
Refere-se acima que a maioria dos peixes é ovípara, mas existem também espécies vivíparas e ovovivíparas, ou seja, em que o embrião se desenvolve dentro do útero materno. Nestes casos, pode haver fertilização interna - embora os machos não tenham um verdadeiro pênis, mas possuem uma estrutura para introduzir o esperma dentro da fêmea. Muitos destes casos encontram-se nos peixes cartilagíneos (tubarões e raias), mas também em muitos peixes de água doce e mesmo de aquário.
Hábitos de repouso
Os peixes não dormem. Eles apenas alternam estados de vigília e repouso. O período de repouso consiste num aparente estado de imobilidade, em que os peixes mantêm o equilíbrio por meio de movimentos bem lentos.
Como não tem pálpebras, seus olhos ficam sempre abertos. Algumas espécies se deitam no fundo do mar ou no rio, enquanto os menores se escondem em buracos para não serem comidos enquanto descansam.
Migrações
Muitas espécies de peixes (principalmente os pelágicos) realizam migrações regularmente, desde migrações diárias (normalmente verticais, entre a superfície e águas mais profundas), até anuais, percorrendo distâncias que podem variar de apenas alguns metros até várias centenas de quilómetros e mesmo pluri-anuais, como as migrações das enguias.
Na maior parte das vezes, estas migrações estão relacionadas ou com a reprodução ou com a alimentação (procura de locais com mais alimento). Algumas espécies de atuns migram anualmente entre o norte e o sul do oceano, seguindo massas de água com a temperatura ideal para eles.
Os peixes migratórios classificam-se da seguinte forma:
  • diádromos − peixes que migram entre os rios e o mar:
    • o anádromos − peixes que vivem geralmente no mar, mas se reproduzem em água doce;
    • o catádromos − peixes que vivem nos rios, mas se reproduzem no mar;
    • o anfídromos − peixes que mudam o seu habitat de água doce para salgada durante a vida, mas não para se reproduzirem (normalmente por relações fisiológicas, ligadas à sua ontogenia);
  • potamódromos − peixes que realizam as suas migrações sempre em água doce, dentro dum rio ou dum rio para um lago; e
  • oceanódromos − peixes que realizam as suas migrações sempre em águas marinhas.
Os peixes anádromos mais estudados são os salmões (ordem Salmoniformes), que desovam nas partes altas dos rios, se desenvolvem no curso do rio e, a certa altura migram para o oceano onde se desenvolvem e depois voltam ao mesmo rio onde nasceram para se reproduzirem. Muitas espécies de salmões têm um grande valor económico e cultural, de forma que muitos rios onde estes peixes se desenvolvem têm barragens com passagens para peixes (chamadas em inglês "fish ladders" ou "escadas para peixes"), que lhes permitem passar para montante da barragem.
O exemplo mais bem estudado de catadromia é o caso da enguia européia que migra cerca de 6000 km até ao Mar dos Sargaços (na parte central e ocidental do Oceano Atlântico) para desovar, sofrendo grandes metamorfoses durante a viagem; as larvas, por seu lado, migram no sentido inverso, para se desenvolverem nos rios da Europa.
Camuflagem e outras formas de proteção
Alguns peixes se camuflam para fugirem de certos predadores, outros para melhor apanharem as suas presas. Algumas espécies de arraia, por outro lado, se escondem na areia e podem mudar o tom da pele, para suas presas não notarem sua presença no ambiente.



sábado, 23 de outubro de 2010

Montando um Aquário

Boa parte das pessoas tem dificuldade em criar peixes por falta de informação. Lavar o aquário periodicamente - o que não deve ser feito - e juntar espécies de peixes de diferentes pHs em um mesmo aquário estão entre os erros mais comuns.

Assim como há pessoas que não suportam cidades interioranas, e outras que detestam a barulheira da cidade grande, os peixes também tem certas "intolerâncias", limitadas principalmente pelo pH da água, que é a medição da quantidade de substâncias ácidas (pH abaixo de sete) e alcalinas (pH acima de 7) presentes na água, em uma escala que vai de 0 a 14.

  • Peixes devem estar adequados ao pH da água do aquário
Plantas e peixes amazônicos como, por exemplo, acarás e neons, preferem um pH ácido, obtido através da presença de troncos dentro do aquário. Este tipo de aquário, plantado, exige dedicação e é recomendado somente aos aquaristas mais experientes, pois as plantas aquáticas exigem tanta atenção quanto as terrestres, com podas periódicas, adubos e injeção de CO2 na água.

Já os ciclídeos africanos, que são peixes territorialistas e com um colorido semelhante aos peixes marinhos, preferem aquários com rochas calcárias, o que garante um pH alcalino.

Para quem nunca se aventurou no hobby, a recomendação é começar com um aquário "comunitário", como sugere o biólogo e piscicultor Marcelo Lepiane. "Indico este tipo de aquário à todos os iniciantes, pois o pH neutro do aquário comunitário permite a criação de várias espécies e peixes deste tipo de pH são mais tolerantes à alterações na água, como molinésias e platys."

Entre os peixes possíveis de se criar em pH neutro, está o famoso 'peixe dourado', o kinguio, recomendado por William Sugai, também biólogo e diretor de uma das maiores distribuidoras de peixes ornamentais de São Paulo, como a primeira espécie a ser adquirida. "Indico para todo aquarista iniciante que ele monte um aquário para o peixe kinguio (carassius auratus), o popular peixe dourado."

Além de kinguios, "cascudos e corydoras são recomendados pois, normalmente, os iniciantes costumam dar mais alimento do que o necessário, e estes peixes comem as sobras impedindo que a água fique poluída pelo alimento rejeitado pelos gorduchos kinguios", recomenda Sugai.

Montando um aquário

Os dois biólogos recomendam que os iniciantes comecem com um aquário de 50 litros (50cm de comprimento, 30 cm de largura e 35 cm de altura), por esta litragem ser de fácil estabilização e pode abrigar uma quantidade considerável de animais. Quanto maior o aquário, mais fácil é estabilizá-lo e mantê-lo, já que toda uma biologia interna começa a ser criada a partir do momento em que o aquário é cheio de água - por isso a prática de 'lavar o aquário' é errada - e, desta forma, pequenas variações na qualidade da água não interferem neste ecossistema.

Além do vidro do aquário, o novo aquarista também precisará de:
  • Aquário ainda vazio, mas já decorado e com mangueiras de filtro posicionadas
  • Depois de ter organizado os itens necessários, é hora de encher o aquário com água
Filtro: esta é a parte mais importante do aquário e escolher o melhor tipo de filtro será um dos fatores determinantes do sucesso de seu aquário. "Recomendo a todos os meus clientes iniciantes a compra de filtros externos, pois estes, além de terem um valor acessível, realizam os três tipos de filtragem necessárias: mecânica, biológica e química," explica Lepiane.

A manutenção dos filtros é bem simples e consiste em lavá-los e trocar mensalmente o sachê de carvão ativado.

Cascalho e Itens de decoração: no caso dos aquários comunitários, escolha cascalho de rio(neutro) e alguns enfeites - que não devem ter pontas e serem próprios para aquários, assim como as plantas artificiais.

Termostato: o mecanismo que mistura termômetro e aquecedor garante que a água do aquário fique na temperatura selecionada e evita consumo desnecessário de energia. Os termostatos existem em várias potências e tamanhos, sendo recomendado um de 50 watts para o aquário em questão.

Tampa e Lâmpadas: os aquários devem ser mantidos longe da luz do sol, pois esta estimula o crescimento de algas, o que deixará os vidros verdes. Utilize somente lâmpadas próprias a aquários, pois estas possuem o espectro correto para não estimular o crescimento de algas, além de valorizar as cores dos peixes.

Medidor de pH, rede e sifão: indispensáveis para a boa manutenção do aquário, testes de pH são encontrados nas lojas de peixes ornamentais e indicam o pH da água. A rede servirá para retirar animais mortos e, principalmente, inserir novos no aquário. Já o sifão, uma mangueira com uma ponta maior que a outra, é utilizado durante as trocas parciais para sugar a sujeira que permanece no substrato.

Decorar o aquário

Com todos os itens em mãos, lave o aquário e o substrato, espalhando o substrato por todo o fundo do aquário em uma camada de aproximadamente 2cm.
  • O ideal é escolher peixes e enfeites adequados ao tamanhos do aquário
Decore o aquário e encha-o com água filtrada ou água de torneira 'descansada' - encha baldes e deixe ao sol por pelo menos um dia para que o cloro evapore - e deixe o nível de água cerca de 5 cm abaixo da borda.

Inicialmente, a água ficará turva, então ligue o filtro na parte traseira do aquário para eliminar a sujeira restante. Coloque o termostato - que deve ser ligado somente dentro da água para evitar que queime - e mantenha a temperatura em 27 - 29º Celsius.

Deixe o aquário sem peixes de três a sete dias, realizando medições diários do nível de pH e inserindo ou retirando elementos até que ele se estabilize em 7 por, pelo menos, dois dias seguidos; aí sim os peixe poderão ser introduzidos, mas moderadamente, ou o pH desestabilizará novamente e ocasionará a morte dos animais.

Ao adquirir novos peixes, evite os aquários em que haja peixes com pintas brancas (íctio) ou veludos semelhantes a algodão (oodinium), o que é sinal de um ambiente insalubre e, mesmo que o peixe que você queira não apresente sintomas, a água toda daquele aquário está contaminada e seus animais devem ser evitados.

Antes de colocar os novos habitantes dentro do aquário, esvazie metade da água do saco da loja, deixe-o boiando aberto na superfície do aquário para que as temperaturas das águas se igualem e encha-o com um pouco da água do aquário, deixando assim por cerca de 15 minutos. Em seguida, retire os peixes do saco com a ajuda da rede e despreze toda a água do saquinho para evitar contaminação.

Manutenção e cuidados

Depois de pronto, o aquário exige alguns cuidados simples para permanecer saudável:

  • Escolher alimento de boa qualidade é essencial para ter peixes saudáveis
  • Escolher alimento de boa qualidade é essencial para ter peixes saudáveis. Evite alimentos muito farelentos e alimente os animais duas vezes ao dia, sempre em pequenas pitadas e fornecendo mais conforme eles comam.
  •  Mensalmente, lave o filtro e troque 1/3 da água do aquário utilizando o sifão.

  • Nos primeiros meses, meça constantemente o nível de pH para se certificar de que tudo está bem. Excesso de peixes causa alterações bruscas neste nível, então vale o bom senso na hora de colocar novos animais.

  • Caso o termostato ou o filtro queimem, o que não ocorre com freqüência, substitua-os prontamente, pois a falta de ambos pode levar todos os seus peixes à morte - em baixas temperaturas, o sistema imunológico dos animais diminui, o que os deixa mais suscetíveis a doenças.
  • quarta-feira, 20 de outubro de 2010

    Água Salgada


        Utilizar agua salgada sintética , de boa procedência . Muitas marcas hoje permitem a utlização de agua clorada para a preparação.
         Preparar a agua em um grande balde plástico, promovendo.
         A seguir demonstramos a disposição geral dos equipamentos listados acima:


    montagem_salgada.jpg (9684 bytes)

    Legenda:1 lampada fluorescente
    2 termostato
    3 bomba submersa
    4 mangueira de ar
    5 filtro biológico
    6 chaminé
    7 elementos decorativos
    8 cascalho de conchas

         Todo aquarista de água salgada deverá ainda ter os seguintes materiais

    - teste de amônia
    - teste de nitrito
    - teste de nitrato
    - teste de pH
    - densímetro plástico
    - termômetro de boa qualidade
    - sifonador de cascalho
    - 2m de mangueira de ar com regulador de ar plástico
    - limpador magnético de algas


    MONTAGEM

         Dispor as placas do filtro recobrindo todo o fundo do aquário , acoplar as torres , bombas , tubulações de ar , termostato . Cobrir a placa de fundo com água salgada até uma altura de 5 cm.
         Bater com os dedos na placa de forma a expulsar o ar que ficou retido sob o filtro biológico . Colocar o cascalho até a altura de 7 cm . Dispor as peças decorativas de forma tal que fiquem bem encaixadas e firmes no local . Completar o nível de água salgada . Ligar todos os equipamentos .. O aquário deverá começar a ser operado como se já estivesse povoado.
         Ajuste o nível de bolhas para que haja uma boa aeração e pouco barulho . Ajustar o termostato para 30 oC., seguindo as indicações do fabricante . Ligar as lâmpadas já com a relação de dia / noite (fotoperíodo) no qual o aquário irá trabalhar.
         Peça ao lojista cerca de 100 g de cascalho de algum aquário de água salgada da loja Trate esse cascalho como um organismo vivo (não deixe secar ou pegar calor em demasia) .Já em casa abra uma trincheira no substrato de seu aquário , coloque o cascalho da loja e cubra novamente com cascalho do aquário . Você estará semeando as bactérias do seu filtro biológico . Compre também cerca de 6 pequenos paguros , que irão auxiliar nessa fase inicial do aquário.
         Após o terceiro dia da montagem comece a monitorar amônia e nitrito , lançando os valores encontrados em uma tabela . Assim você poderá acompanhar a subida na concentração de amônia , o aparecimento do nitrito , e se tudo caminhar corretamente , em cerca de 10 a 30 dias concentrações muito baixas dessas duas substancias . É o sinal de que seu aquário entrou em equilíbrio.
         Regule novamente o termostato para a faixa de temperatura ideal (25 a 27oC)
         Comece a fazer o povoamento com peixes resistentes , como os bodiões , donzelas , apogons , cirurgiões , entre outros . Evite colocar mais do que 1 a 2 peixes por semana . Isso fará com que o aquário vá lentamente se equilibrando ao aumento de carga orgânica .. Os melhores indicadores de que o seu aquário ainda não está superpovoado são:

    - ausência de brigas
    - baixa taxa de doenças
    - baixas taxas de amônia e nitrito
    Ciclídeos


         Ciclídeos é uma família de peixes de água doce da ordem Perciformes que inclui cerca de 105 géneros e 1900 espécies. Os ciclídeos representam a maior família de peixes (em termos de número) e cerca de 5% dos vertebrados existentes na Terra. Os ciclídeos possuem o corpo comprimido lateralmente, uma narina apenas por lado do corpo, a linha lateral dividida e espinhos nas nadadeiras dorsal e anal (dorsal, entre 7 e 25 raios duros e 5 e 30 raios moles; anal, entre 3 e 15 raios duros, geralmente 3, e 4 e 15 raios moles, em algumas espécies até 30). O grupo caracteriza-se ainda: pela presença de dentes nas duas mandíbulas e na garganta e pelo intestino, que sai do estômago pelo lado esquerdo (ao contrário dos restantes grupos de peixes).
         Os ciclídeos têm ampla distribuição geográfica nas Américas, África, Madagascar, litoral sul da Índia, Sri Lanka e Oriente Médio. Foram introduzidos em vários países dos 4 continentes, e em alguns são a única fonte de proteína animal para milhões de pessoas. As espécies mais conhecidas são as que habitam o continente americano (ciclídeos neotropicais) onde se destacam os populares acará disco - Symphysodon aequifasciatus - e acará bandeira -Pterophyllum scalare. O continente africano, mais precisamente na região do Rift Valey (Lagos Vitoria, Malawi e Tanganyika) se destaca pela biodiversidade de espécies dessa família. Estes ciclídeos africanos caracterizam-se pela exuberante coloração e seus tamanhos variam de 2,5 centímetros (Neolamprologus multifasciatus) a 80 centímetros (Boulengerochromis microlepis), ambos do lago Tanganiyka. No Malawi encontramos predominantemente os generos Pseudotropheus, Melanochromis e Aulonocaras. Possuem as mais variadas formas, mas em geral o corpo é moderadamente profundo e comprimido. O lago Malawi merece especial atenção por ser habitat das espécies mais coloridas da família.
     
    PLANTAS NO AQUÁRIO


         As plantas no aquário são mais do que simples elementos decorativos, sendo imprescindíveis quando se quer criar o ambiente ideal para o bem estar dos peixes.
          Existem peixes que só se sentem minimamente seguros se houver um esconderijo onde possam refugiar-se e assim sentir-se protegidos. Também os peixes mais jovens, em geral, sentem uma segurança natural debaixo das folhas das plantas no aquário.
          Para o seu aquário pode adquirir dois tipos de plantas, naturais ou artificiais. As plantas naturais podem ser uma fonte de detritos dentro do seu aquário, pelo que deve estar atento e limpar qualquer folha que esteja demasiado velha, ou solta no fundo.
          Deve ainda estar atento ao facto de existirem caracóis, que podem ir numa nova planta e destruir toda a flora existente no aquário. Por vezes não os conseguimos ver, mas se as folhas começarem a desaparecer, é porque eles lá estão.Se isto acontecer, observe as suas plantas, folha a folha, demoradamente, e retire os intrusos.


     

    Tipos de aquários

    Os aquários se classificam basicamente em dois tipos: os de água doce e os de água salgada. Dentro destas grandes subdivisões, outras classificações acontecem, baseadas em características de cada montagem, geralmente por tema, como os comunitários, de cardumes, de ciclídeos africanos, plantados, ou por bioma como os de recife, ou "rochas vivas" (reef), amazônicos, lagos africanos, etc.
    Takashi Amano tem-se destacado nos últimos anos nos aquários plantados, criando alguns dos mais belos aquários “naturais” existentes.

    Habitantes

     

    Kribensis, Pelvicachromis pulcher, um pequeno e colorido ciclídeo africano.
     
    Um enorme número de espécies conhecidas de peixes e plantas podem ser mantidas em aquários, desde que se respeitem os limites e necessidades de cada espécie, como espaço adequado, compatibilidade de espécies, temperatura, pH e dureza da água, iluminação, pressão. Quando isso ocorre, é possível inclusive obter sucesso na reprodução em cativeiro de muitas espécies. Uma variedade grande de invertebrados, como crustáceos e moluscos também pode ser adaptada para a vida no aquário e é facilmente encontrada no comércio especializado.

    Cuidados necessários para manter um aquário

    Para que um aquário se desenvolva bem é necessário observar alguns cuidados mínimos. São estes a filtração, a iluminação e a manutenção dos parâmetros da água.
    Há muitas técnicas de como cuidar de um aquário. Algumas tendem a ser populares, como sifonar o fundo uma vez por semana para eliminar detritos do fundo; outras tendem a ser comumente criticadas, como o FBF (filtro biológico de fundo), apesar de este ainda ser um dos sistemas mais comuns de filtragem, pelo seu custo mais baixo, porém pouco eficiente.


    Neon

    Iluminação

    A iluminação é parte importante para peixes, plantas, corais e qualquer outro ser vivente no aquário. Como podemos perceber, peixes não possuem pálpebra, logo, se mantivermos o ambiente iluminado o tempo todo, eles não conseguirão dormir e ficarão estressados. Em média, durante um dia a iluminação solar dura de 6 a 8 horas, o que é aproximadamente o período adequado para manter o aquário iluminado.
    Para aquários plantados as exigências são ainda maiores, pois devemos compreender que plantas precisam de luz para realizar a fotossíntese, logo existe um tempo mínimo e uma quantidade mínima de luz a ser aplicada. As lâmpadas também precisam ser adequadamente escolhidas: as lâmpadas comuns (fluorescentes de tubo) com temperatura de cor na faixa de 5200K a 6500K são, ou lâmpadas especiais para aquários são as mais indicadas; também podem ser usadas lâmpadas compactas econômicas (PL) na mesma faixa de temperatura de cor já mencionada acima. As lâmpadas comuns tem luz branca, as especiais são rosadas ou azuladas. Os picos de cor do espectro luminoso que são utilizados pelas plantas aquáticas para fotossíntese são respectivamente o azul e o vermelho.
    Corais muitas vezes necessitam de iluminação especial para sobreviver, como a água do mar tem densidade diferente da água doce o pico de cor usado pelos organismos marinhos é o azul, deste modo as lâmpadas indicadas para os aquários marinhos ficam na faixa de 10.000K e tem tom azulado.

    Parâmetros da água

    Os mais comuns de serem observados são PH, Temperatura, GH, KH, densidade entre outros.
    Quanto menor o aquário, mais difícil é a manutenção dos parâmetros da água. Para um exemplo mais didático pensemos em um copo com água e uma piscina. Se eu colocar duas colheres de limão (que tem propriedades ácidas) em um copo, provavelmente sentirei o gosto azedo que identifica o ácido do limão, o mesmo não aconteceria no caso da piscina, pelo volume maior de água, o ácido do limão se diluiria na água em maior quantidade. Do mesmo jeito a temperatura: se eu quiser esquentar a água de um copo, 5 minutos de um fogão aceso seriam suficientes; para esquentar uma piscina é necessário um aquecedor potente e várias horas do seu uso.
    Logo só se recomenda aquários pequenos para aquaristas experientes, pois a chance de matar os peixes, plantas e demais formas de vida se multiplicam quanto menor o aquário.

    pH

    O PH é uma escala logarítmica de medida baseada na dissolução do íon Hidrogênio(H+) na água: quanto mais alcalina, maior o pH; quanto mais ácida, menor o PH.
    Aquários Marinhos costumam ter o pH alto, estabilizado em 8,3. Já nos de água doce, o pH varia, podendo ir de 5,5 até 9,0, de acordo com a espécie abrigada.
    Em aquários comunitários é comum manter o pH neutro, em torno de 7, a fim de harmonizar o ambiente com as necessidades de um número mais diversificado de espécies.

    Temperatura

    A tolerância de espécies a temperaturas variadas também é bastante notada em aquários. Por exemplo, Discus (Symphysodon aequifasciata) tem baixa tolerância a temperaturas inferiores a 28°C já Carpas sobrevivem a até 4°C.
    Como sabemos peixes são animais pecilotermos, logo o seu metabolismo acompanha a temperatura do ambiente. Para aquários marinhos com corais este é um quesito de extrema importância pois muitas espécies de corais morrem com temperaturas superiores a 30°C e inferiores a 25°C. Se lembrarmos do caso do copo e da piscina perceberemos que o oceano ou mar sofre pouquíssima alteração durante o dia.

    dGH

    dGH, ou GH, ou ainda DH, é uma medida que determina a quantidade de íons de Cálcio e Magnésio diluída na água. (Outros elementos podem ocorrer, mas em quantidades normalmente irrelevantes).
    A essa medida dá-se o nome de dureza da água. Quanto mais íons presentes, mais "dura" é a água. Em organismos vivos aquáticos está relacionado com o equilíbrio osmótico.
    Como nos casos acima, há peixes com maior afinidade por águas moles e alguns por água dura. Néons e Discus preferem água mais mole enquanto o Jóia (Hemichromis bimaculatus) e o Arautos (Melanochromis auratus) preferem água mais dura.
    Observação: Embora não haja relação direta entre dGH e o pH da água, devido às propriedades dos elementos químicos envolvidos, há uma tendência da água alcalina ser também dura, e da água ácida ser mais mole.

    KH

    Quanto maior a quantidade de carbonatos e bicarbonatos, mais difícil é haver mudanças no pH, por um efeito conhecido como Tampão.

    Densidade

    Costuma ser medida em aquários marinhos, com a diferença que a água dos oceanos sofre uma variação muito menor no decorrer de um dia do que a de um aquário. Algumas espécies são muito pouco tolerantes a estas variações só devendo ser criadas por aquaristas experientes.
    Manifesto do Aquarista Responsável

    1) Para cada espécie aquática, existe um conjunto de condições acessíveis (tamanho mínimo de aquário, companheiros, parâmetros da água, nutrição, etc.) nas quais ela pode ser mantida apropriadamente em cativeiro sem perda geral na sua qualidade de vida.

    2) Para cada espécie aquática, existe um conjunto de procedimentos acessíveis para desenvolver programas de reprodução comercial, ou de coleta controlada, de forma a garantir um desenvolvimento sustentável para o ramo de aquarismo sem causar ameaça a longo prazo para as populações selvagens.

    3) O aquarismo responsável é baseado na busca, aprendizado, desenvolvimento e promoção da consciência a respeito destas condições e procedimentos, tal que a nossa prática amadora ou profissional do hobby não ocorra às custas do bem estar dos nossos animais de estimação, nem em detrimento do ecosistema.